terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Brasil poderá ser maior potência agrícola mundial

O Brasil será o País que apresentará o maior crescimento em produção e exportações no setor agrícola no mundo até 2020. A estimativa é da União Européia (UE), que já começa a contabilizar o que significaria à longo prazo a abertura de seus mercados agrícolas diante de um eventual acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo cálculos feitos em Bruxelas, a liberalização e uma reforma interna do sistema de subsídios geraria uma redução de 25% no número de fazendas na Europa nos próximos 15 anos.

As projeções fazem parte de um levantamento de mais de 250 páginas elaborado por economistas da UE sobre como seria a agricultura européia em 2020 e quais desafios externos e internos sofreria. O cenário não é nada positivo para os europeus, segundo suas próprias valiações. “Está claro que temos que mudar a forma que atuamos no setor rural.Estamos perdendo competitividade há anos e a conclusão do levantamento mostra que não podemos seguir assim”, afirmou um funcionário de alto escalão da UE e que participou da elaboração do estudo.

A Política Agrícola Comum (PAC) da Europa foi criada nos anos 50 e 60 com o objetivo de reconstruir a capacidade do continente de produzir o suficiente para não depender de importações para se alimentar. Mas, depois de 40 anos de um apoio milionário, o mecanismo acabou gerando graves distorções. A Europa, por exemplo, se transformou em um dos maiores exportações de açúcar do mundo e a produção de vinha se expandiu tanto que parte do produto hoje é usado como etanol para alimentar máquinas industriais.

De acordo com o estudo, três fatores devem transformar radicalmente o cenário europeu até 2020. A pressão por cortes de subsídios, eventuais reduções de barreiras à importação e a competitividade da produção brasileira em vários setores. Segundo o estudo dos europeus, o crescimento nas exportações brasileiras não ocorrerá graças aos mercados ricos, mas principalmente por causa dos mercados emergentes, como Índia e China. Nos últimos 30 anos, um bilhão de pessoas foram somadas à população mundial, a maioria delas em países em desenvolvimento.

A projeção dos europeus estima que, nos próximos 15 anos, essa população vai ter renda maior, incrementando seu consumo. As exportações de soja, açúcar, frango e carne bovina do Brasil deverão aumentar de forma rápida. Já no mercado europeu, a falta de competitividade levará a uma queda de 4% por ano no número de agricultores até 2020. O resultado será o fim de um quarto de todas as fazendas hoje existentes na Europa.

Para evitar esse cenário, os europeus afirmam que estão dispostos a continuar reformando sua agricultura. Ontem, em Bruxelas, os 27 ministros de Agricultura do bloco europeu se reuniram para começar um debate sobre a proposta de corte de subsídios no setor de legumes e frutas. O apoio a esse setor corresponde a 3,1% do orçamento agrícola do bloco e chega a US$ 2 bilhões por ano.

A idéia é de que os subsídios seriam dados sem uma vinculação com o total da produção de cada fazendeiro, para evitar que certas empresas aumentem sua produção apenas para receber mais recursos. Esse fenômeno é o que acabou gerando nos últimos anos um excedente na produção, afetando os mercados globais. O projeto deve entrar em vigor em 2008 e afetará principalmente a Espanha, Portugal, Grécia e Itália.

Brasil poderá exportar etanol para a União Européia

Sem a quantidade suficiente de terra e pressionada a cortar os subsídios, a União Européia (UE) terá de importar pelo menos 6 milhões de toneladas de etanol até 2010 para suprir sua nova estratégia energética e o principal candidato para fornecer o produto é o Brasil.

Ontem, em uma reunião em Bruxelas, as autoridades européias anunciaram o plano de retirada de pelo menos 2 milhões de toneladas de açúcar subsidiado do mercado para 2007. A medida visa evitar excessos de estoques e distorções no setor e, assim, cumprir as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC). Uma das opções dadas pela UE aos agricultores é transformar o excesso da produção em etanol.

Nem assim os europeus estimam que teriam o biocombustível em quantidade suficiente para abastecer seus automóveis. O bloco de 27 países estabeleceu como meta o uso de 5,75% de etanol na frota de carros até 2010. Com a previsão de corte de subsídios no setor do açúcar e sem espaço para expandir a produção, os próprios estudos internos da Comissão Européia apontam para necessidade de importação nos próximos quatro anos.

sábado, 27 de janeiro de 2007

Blair diz em Davos que G8 deve incorporar China e Índia

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta sexta-feira que o G8, grupo das principais economias do mundo, precisa incorporar China e Índia, dois gigantes emergentes, se quiser manter um papel de influência no mundo.

"A realidade é que o G8 está passando por um processo de mudança agora", disse Blair em um debate no Fórum Econômico Mundial. "Eu não posso ver o G8 tendo a mesma autoridade politicamente, ao menos que nele estejam China e Índia."

Em discurso em Davos na quarta-feira, a chanceler Angela Merkel disse que a Alemanha buscaria iniciar um novo diálogo com as potências emergentes durante a sua presidência no G8 neste ano.

Ela afirmou que a ascensão de novos poderes como Brasil, China e Índia deve ser vista como um desafio e uma oportunidade, prometendo conduzir "novas formas de diálogo" com esses países na cúpula do G8 que ela vai sediar em junho.

Além dos países do G8 - Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Rússia - a Alemanha convidou líderes de Brasil, China, Índia, México e África do Sul para o encontro no resort de Helligendamn, perto do mar Báltico.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Importação de minério brasileiro pela China cresceu 38% em 2006

A China comprou 75,847 milhões de toneladas de minério de ferro brasileiro em 2006, o que representa um crescimento de 38,6% sobre o exercício anterior. Somente no mês de dezembro último, as mineradoras brasileiras venderam 6,607 milhões de toneladas ao país asiático, volume 19,8% superior ao registrado no mesmo mês de 2005.
Os dados foram divulgados hoje Administração Geral da Alfândega, órgão responsável pelos dados do comércio internacional chinês.O Brasil encerrou 2006 como o segundo maior fornecedor de minério para a China, ficando atrás apenas da Austrália, que vendeu 126,758 milhões de toneladas da commodity ao país asiático. No entanto, o crescimento do volume fornecido pelo Brasil foi o mais acelerado, já que as importações de minério australiano pela China cresceram 13% em relação a 2005. Em terceiro lugar, bem próxima ao Brasil, ficou a Índia, que vendeu 74,775 milhões de toneladas para a China, o que corresponde a um avanço de 9,1% sobre 2005. No ano passado, o gigante asiático comprou 326,303 milhões de toneladas de minério, volume 18,5% maior do que no ano anterior.Também hoje, o governo chinês informou que a economia do país cresceu 10,7% em 2006, expansão mais acelerada desde 1995, quando o PIB cresceu 10,9%.

China deve ampliar entrada sem visto ao país para Olimpíada

A China deve ampliar a atual política de liberação da entrada de turistas estrangeiros ao país no próximo ano, quando a capital Pequim sediará os Jogos Olímpicos, disse uma autoridade da imigração nesta quinta-feira.

"Vamos considerar positivo qualquer coisa que beneficie a Olimpíada", disse Li Changyou, vice-diretor da Administração de Entrada e Saída do Ministério de Segurança Pública, em entrevista coletiva.

A China atualmente oferece entrada livre no país a apenas três nações -- Cingapura, Brunei e Japão -- e ainda assim apenas para visitas de até 15 dias.

Norte-americanos, canadenses, sul-coreanos, australianos e pessoas de diversos países europeus podem ficar por 48 horas sem visto se entrarem por Xangai.

A não ser por outras pequenas exceções, quase todas as outras nacionalidades precisam pedir visto para entrar na China.

Li disse que a China já havia facilitado alguns requerimentos, incluindo a permissão do direito de trabalho por um ano para pessoas que estarão no país durante a preparação para os Jogos de 2008.

"Vamos respeitas as convenções olímpicas e o privilégio olímpico e buscar novas medidas relacionados ao trabalho para garantirmos Jogos de sucesso", disse Li. "Vamos continuar trabalhando firme nesta frente."

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Merkel pede que EUA, UE e países emergentes aproximem suas posições em Doha

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje aos Estados Unidos, à União Européia (UE) e aos países emergentes e em desenvolvimento que aproximem mais suas posições com vistas a um eventual reatamento das negociações da Rodada de Doha.
"Todos têm que estar dispostos a mostrar flexibilidade, já que a responsabilidade do êxito se apóia em muitos ombros", disse Merkel na inauguração do Fórum Econômico Mundial (FEM), na cidade suíça de Davos.

Merkel frisou que os países da Organização Mundial do Comércio (OMC) não só devem "se concentrar na área agrícola, mas também nas negociações de bens industriais e de serviços". EFE aia sc

Índia pode ser 5ª maior economia em 10 anos, diz relatório

NOVA DÉLHI - A Índia pode se transformar na quinta economia do mundo dentro de uma década devido à aceleração do crescimento econômico, segundo um relatório divulgado pelo banco de investimentos Goldman Sachs. A projeção indica que, nesse prazo, a economia indiana poderia ultrapassar as economias de Itália, França e a Grã-Bretanha se mantiver o atual ritmo de crescimento.

Se a tendência continuar, a economia da Índia também poderia ultrapassar os Estados Unidos e ser superada apenas pela economia da China por volta da metade deste século.

O relatório do Goldman afirma também que o programa de reformas da Índia gerou aumento na competição e na eficiência. Porém haverá um custo alto se a Índia continuar exigindo mais e mais energia para manter seu crescimento.
Sinais

Nas cidades indianas, em todos os lugares que se olhe, há sinais do crescimento econômico. Novos carros complicam o trânsito nas ruas, condomínios para classe média e shoppings engolem terreno onde antes existiam fazendas e os aeroportos estão lotados de passageiros.

Mas isto é, provavelmente, apenas o início de uma transformação que vai dar uma nova forma à economia global.

A Índia mudou para uma marcha mais rápida, segundo os analistas, pois uma década de reformas abriu o país para maior competição e estimulou as indústrias a aumentarem sua eficiência. O resultado do crescimento econômico deve ser uma enorme demanda por bens e energia no país.

Dentro de 15 anos os indianos devem, na média, ser quatro vezes mais ricos do que atualmente, comprando cinco vezes mais carros. E o país vai queimar três vezes mais petróleo cru para manter este crescimento, pressionando ainda mais os recursos naturais do mundo.

BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Índia recebeu 4,4 milhões de turistas em 2006

Mais de 4,4 milhões de estrangeiros visitaram a Índia no ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Governo que, consciente dos atrativos do país, colocou em prática uma intensa campanha de promoção e desenvolvimento turístico. O número de turistas que visitaram o país aumentou 14,2% em relação a 2005. Os visitantes deixaram na Índia a vultuosa soma de US$ 6,57 bilhões, quase US$ 840 milhões a mais que no ano anterior.
Segundo o Ministério do Turismo, estes números recorde atestam a crescente popularidade da Índia, que de tradicional destino de aventureiros e hippies (em 1950, foram registradas apenas 17 mil entradas de estrangeiros) passou a ser alvo de um grupo muito mais amplo e variado de turistas.

Tendo como foco estes dados, o Governo decidiu aproveitar o grande potencial do país, que com seus 1,1 bilhão de habitantes e uma área equivalente a 3,2 milhões de quilômetros quadrados é, segundo a revista britânica "Conde Nast Traveller", o quarto destino preferido dos turistas.

Os números são promissores, apesar de ainda estarem muito aquém dos de outros países asiáticos, como Cingapura, uma cidade-Estado do tamanho de Mumbai que, até novembro, havia recebido 8,8 milhões de visitantes.

Para impulsionar o número de turistas, o Ministério do Turismo lançou a campanha Incredible India (Índia Incrível), uma iniciativa que começou a ser implementada em 2003 e que tem como objetivo divulgar a face mais exótica e atraente do país. Hoje em dia, este se tornou o lema oficial do turismo local.

Como parte desta campanha, foram realizados investimentos, locais e monumentos foram restaurados e o Governo lançou campanhas de propaganda.

A estas iniciativas somam-se medidas como a introdução, em novembro, de um novo visto turístico de longa duração para 18 países, entre eles Brasil, Espanha, Argentina, Chile e México.

As exigências para a abertura de novos hotéis também foram flexibilizadas, com subsídios para cerca de 130 instalações e a aprovação da construção de 146 novos estabelecimentos, o que representarão a criação de mais de 12.600 quartos, informou hoje o ministério.

Também a estes investimentos acrescentam-se os chamados Incredible India Bed and Breakfast (Índia Incrível - Cama e Café-da-manhã), quartos em casas privadas que começarão a operar nos próximos meses e serão utilizados para alojar turistas após obterem a permissão governamental.

"Isso permitirá dispor de mais quartos a preços acessíveis para o turista comum que queira visitar a Índia e, ao mesmo tempo, dará ao visitante a oportunidade de estar com famílias indianas e experimentar a cultura da Índia", afirmou em comunicado o Ministério do Turismo.

Além destas medidas, as autoridades querem estimular os visitantes a viajar durante todo o ano sem que necessariamente atrelem sua estadia às condições meteorológicas.

Para isto, o Governo lançou a campanha Chasing the Monsoon (Caçando a monção). O projeto destaca o lado positivo da estação chuvosa, considerada a menos atrativa na Índia.

Com suas cadeias montanhosas, desertos, quilômetros de costas e aldeias inacessíveis, boa parte dos que viajam ao país se dedica ao turismo de aventura, algo que o Governo também pretende mudar.

Por isso, o Ministério do Turismo informou hoje que lançará novas iniciativas e produtos para promover o turismo de cruzeiros, o médico e o rural. Para esta última área, foram aprovados investimentos para mais de cem projetos.

Isto se une às vantagens fiscais concedidas a certas empresas turísticas, outra medida que pretende servir de contrapeso aos inconvenientes que o setor ainda enfrenta, como a falta de instalações ou as contínuas congestões e atrasos nos aeroportos.

Em qualquer caso, os especialistas reconhecem que um dos principais desafios para impulsionar o turismo é a melhoria das infra-estruturas precárias da Índia.

Percorrer por estrada os pouco mais de 200 quilômetros que separam Nova Délhi de Agra, a cidade que abriga o Taj Mahal, pode levar quatro horas.

Índia reduzirá tarifas de telefonia celular em fevereiro

Nova Délhi, 24 jan (EFE).- A Autoridade Reguladora para as Telecomunicações da Índia (TRAI) anunciou hoje a redução em 56% das tarifas nacionais de "roaming" (chamadas fora da área local) na telefonia celular a partir do dia 15 de fevereiro.
Os preços do "roaming" na Índia, onde a tarifa é aplicada ao mudar de região, variarão entre 1,4 rúpia (pouco mais de € 0,02) para ligações locais e 2,4 rúpias (€ 0,04) por minuto para chamadas nacionais de longa distância, afirmou a emissora de televisão local "NDTV".

Segundo a TRAI, a decisão visa beneficiar os usuários ajustando os preços finais aos custos reais, e, embora as operadoras de telefonia celular ainda não tenham se pronunciado a respeito, analistas advertiram que elas provavelmente impetrarão algum recurso legal para impor obstáculos à medida.

O setor de telecomunicações atravessa um momento decisivo para seu futuro na Índia. O número de linhas telefônicas no país alcançou um total de 190 milhões no dia 15, dos quais 40 milhões são de telefones fixos e os outros 150 milhões são de telefones celulares.

A Índia é o quinto país do mundo em linhas telefônicas e desfruta ainda de uma das tarifas mais baixas, o que, aliado à sua densidade demográfica e às grandes distâncias geográficas, pressupõe um forte crescimento no setor para os próximos anos.

Índia será a 5ª potêncial mundial em 10 anos

Em dez anos a Índia poderá superar a economia de seus colonizadores, tornando-se a quinta maior potência mundial, diz estudo recente do banco de investimentos Goldman Sachs. Se o crescimento do país prosseguir, no meio do século a economia poderá ultrapassar até a dos Estados Unidos, ficando atrás somente da China.

Segundo informa a BBC, o relatório do banco credita ao programa de refomas a crescente eficiência e competitividade da Índia. Há um boom econômico e os sinais de prosperidade podem ser vistos em aeroportos cheios, nos carros novos, na afluente classe média e em novos shopping centers que avançam sobre locais que pertenciam à zona rural. Provavelmente é apenas o começo de uma transformação que mudará a economia global. Dentro de 15 anos, estima-se que o indiano esteja cinco vezes mais rico que hoje. As previsões apontam também para um consumo de petróleo bruto três vezes maior.

Tamanho potencial de crescimento, no entanto, poderá encontrar barreiras. Problemas de infra-estrutura já estrangulam a expansão da Índia e cortes de energia são comuns por não haver eletricidade suficiente para atender a demanda. Os portos do país estão congestionados e as estradas não tem conservação. Outro fator que pode limitar o crescimento é a falta de profissionais capacitados para trabalhar na indústria de tecnologia, um importante pólo mundial.

Visitas – A Índia tem atraído investidores. No mês passado, uma delegação comercial dos Estados Unidos passou duas semanas no país à procura de oportunidades de negócios. Depois, foi a vez dos empresários britânicos, acompanhados pelo Ministro das Finanças, Gordon Brown. No próximo mês é Vladimir Putin, presidene da Rússia, quem deverá passar uma semana na Índia, interessado em contratos de fornecimento de energia nuclear e armamentos.

Sistemas de ensino na União Europeia

Uma das razões apontadas para as alterações que o Governo quer implantar no Ensino Básico é tentativa de aproximar o sistema educativo português daqueles que são praticados, com sucesso, na União Europeia. O EDUCARE.PT analisa e compara aqui alguns desses sistemas.
Em Portugal, o ensino é obrigatório e prolonga-se até ao 9.º ano com as crianças a começarem a escola aos 6/7 anos. O ano escolar decorre entre Setembro e Junho, com a duração de 180 dias. No 1.º ciclo o tempo lectivo semanal estende-se até às 25 horas, 5 horas por dia, incluindo intervalos. Cabe ao professor gerir o tempo lectivo das diferentes áreas de acordo com as características da turma e o horário da escolar. A escola mantém-se aberta até às 17h30 para actividades de animação e apoio, enriquecimento curricular ou actividades extra curriculares. Já no 2.º ciclo passam a existir 16 períodos lectivos, de 90 minutos cada, sendo a carga horária diária estabelecida pelos órgãos de gestão dos estabelecimentos de ensino.

No 1.º ciclo, as turmas só com um ano de escolaridade não devem ter mais de 24 alunos e se existirem alunos de mais de dois anos escolares e só um professor, então o número de alunos tem de ser reduzido para 22. No 2.º ciclo procura-se manter a turma do ano anterior e agrupar alunos da mesma idade. Aqui o número de alunos de cada turma pode variar entre os 24 e os 28.

O programa é estabelecido a nível nacional mas estão previstos ajustamentos em função dos recursos e infra-estruturas das escolas, bem como de propostas elaboradas no âmbito da sua autonomia. A escolha dos manuais escolares é da competência do conselho de docentes no 1.º ciclo, e do Departamento Curricular no 2.º, de acordo com critérios de apreciação estabelecidos ao nível dos Serviços Centrais do Ministério da Educação.

Em termos de currículo, o programa do 1.º ciclo inclui as seguintes áreas: Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio, Expressões (artística e físico-motora), Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica.

Já no 2.º ciclo, no plano curricular estão incluídas as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, História e Geografia de Portugal, Matemática, Ciências da Natureza, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical, Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Educação Cívica. Em ambas as etapas a Educação Moral e Religiosa surge como disciplina facultativa.

Para já, no 1.º ciclo o modelo de ensino é globalizante e está a cargo de um único professor, podendo este ser apoiado em áreas especializadas. Já o 2.º ciclo funciona em regime de pluridocência, está organizado por áreas de estudo de carácter pluridisciplinar sendo desejável que a cada área corresponda um ou dois professores.

No que concerne à avaliação, esta tem um carácter sistemático e contínuo. Se o aluno não desenvolver as competências necessárias para progredir com sucesso os seus estudos pode ficar retido. Contudo, no 1.º ciclo, excepto se o aluno tiver ultrapassado o limite de faltas injustificadas, não há lugar a retenção. Em caso de retenção, compete ao professor titular da turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de turma, no 2.º ciclo, elaborar um relatório que identifique as competências não adquiridas pelo aluno que deverão ser tidas em consideração na elaboração do projecto curricular de turma em que será integrado no novo ano lectivo.

Espanha
Do outro lado da fronteira o ensino é obrigatório dos 6 aos 16 anos de idade e divide-se em duas etapas: a educação primária - três ciclos com a duração de dois anos cada um, equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclo - e a Educação Secundária obrigatória com quatro cursos - equivalente ao nosso 3.º ciclo e Ensino Secundário. A duração do ano escolar é igual, prolongando-se de Setembro a Junho, e compreende no mínimo 180 dias.

As escolas funcionam durante cinco dias da semana e na educação primária há em media 25 aulas semanais, sendo o número mínimo de horas lectivas de 810 horas.

Em termos de currículo, o Governo estabelece as matérias mínimas, que são depois alargadas por cada uma das comunidades autónomas; num segundo nível, cada centro educativo adapta e desenvolve este currículo básico ao seu caso em particular, e, por fim, cada professor programa as aulas de acordo com o grupo de alunos especifico e apresenta determinadas unidades didácticas.

No ensino primário - equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclo - as área obrigatórias são: Conhecimento do Meio Social, Natural e Cultural, Educação Artística; Educação Física, Língua Castelhana e Literatura, Língua Oficial e Literatura Própria da Comunidade Autónoma (se existir), Língua Estrangeira e Matemática. A disciplina de Religião Católica é opcional. Os Centros Educativos têm autonomia pedagógica nas escolha dos diferentes manuais e materiais didácticos que são utilizados.

As turmas têm no máximo 25 alunos e os estudantes são agrupados de acordo com as suas idades. As aulas da educação primária são dadas por um único professor para todas as áreas com excepção de Música, Educação Física e Língua Estrangeira. Só no Secundário é que os alunos passam a ter um professor por disciplina.

A avaliação é contínua e tem em consideração a evolução do aluno nas diferentes áreas. Só se pode repetir de ano uma vez ao longo de toda a etapa e os alunos que passarem de ciclo com avaliação negativa em alguma área devem receber todos os apoios necessários para a sua recuperação. Na educação primária dá-se especial atenção à diversidade dos alunos e à prevenção de eventuais dificuldades de aprendizagem actuando desde logo ao primeiro sinal. É feita uma avaliação de diagnóstico, apenas com um carácter formativo e orientador, das competências básicas alcançadas pelos alunos ao finalizar o 2.º ciclo desta etapa (10 anos).

França
O ensino é obrigatório para as crianças entre os 6 e os 16 anos e divide-se em três etapas: educação primaria (6 a 11); educação secundária baixa (11 aos 15 anos, equivalente ao nosso 3.º ciclo) e educação secundária alta (mais de 15 anos, equivalente ao nosso Ensino Secundário). A educação nas escolas estatais é gratuita.

A particularidade do sistema de ensino francês é que as escolas estão abertas seis dias por semana. No entanto não há aulas à quarta-feira e ao sábado de tarde. No ensino primário - equivalente ao 1.º e 2.º ciclos português - existem por semana 26 aulas com uma hora cada uma, sendo o número total mínimo de horas de aulas de 846 horas.

Também aqui é o Ministério da Educação que determina o currículo, cabendo aos professores a escolha do método de ensino e dos manuais. O ensino primário concentra-se nos conhecimentos básicos de leitura, escrita e aritmética, bem como na educação física. As escolas têm o poder de desenvolver o currículo de modo que estes reflictam as suas necessidades e circunstâncias particulares.

Não existe um limite recomendado para o número total de alunos por turma que variam consoante os responsáveis pelo estabelecimento de ensino e de acordo com as especificidades locais. Em média, no ensino primário existem perto de 25 alunos por turma, agrupados normalmente consoante a idade. Existe um único professor para todas as matérias, enquanto que no ensino secundário passam a existir diferentes professores para áreas distintas.

Alemanha
O funcionamento do sistema de ensino na Alemanha é um pouco diferente uma vez que existe o que eles designam por educação a full-time e a partime. A educação obrigatória em full-time abrange os jovens entre os 6 e os 15/16 anos (dependendo da zona). Para quem não ande numa escola a full-time, então a educação é obrigatória até aos 18 anos. O sistema de ensino está também dividido entre educação primária (6 aos 10 anos), equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclos; educação secundária baixa (10 aos 15/16), equivalente ao nosso 3º ciclo, e educação secundária elevada (15/16 aos 18/19,) equivalente ao nosso Ensino Secundário.

Em termos de duração do ano escolar, na Alemanha está-se perante o ano mais longo uma vez que tem início em Agosto e prolonga-se até Julho, englobando 188 dias de aulas (nas escolas que funcionam cinco dias por semana) ou 208 dias (nas escolas abertas seis dias por semana). Na educação primária, estão previstas entre 19 e 28 aulas por semana, com uma duração de 45 minutos.

Aqui tudo passa pelos estados federados (Bundesländer), que autonomamente determinam o currículo, recomendam métodos de ensino e aprovam manuais escolares. As áreas da educação primária incluem leitura, escrita, aritmética, introdução às ciências naturais e sociais, arte, música, desporto e educação religiosa.

Segundo dados de 2002, na educação primária as turmas têm em média 22 alunos, agrupados de acordo com a idade. No ensino primário existe apenas um professor para as diferentes matérias e no secundário diferentes matérias são dadas por professores distintos. Os professores do ensino primário são generalistas e os do secundário são especializados nas diversas áreas de ensino.

A avaliação contínua é uma prática comum e baseia-se em provas escritas e participação oral. Os alunos podem ter de repetir o ano, quando se justificar.

Inglaterra
O ensino é obrigatório entre os 5 e os 16 anos e divide-se entre o ensino primário (5-11) e o ensino secundário (11 aos 16). A maioria dos alunos vai directamente do ensino primário para o ensino secundário mas em algumas zonas de Inglaterra existem escolas "intermédias", que recebem alunos entre os 8 e os 13 anos.

O ano escolar normalmente prolonga-se entre Setembro e Julho com 190 dias. Estas datas são estabelecidas pelas autoridades locais ou pelo corpo responsável por cada escola. O número de horas semanais de aulas recomendado varia entre as 21 horas (dos 5 aos 7 anos), 23,5 horas (7 aos 11 anos), 24 horas (11 aos 14 anos) e 25 horas (14 aos 16 anos). A maioria das escolas garante mais horas além do mínimo estabelecido. A organização do horário escolar é da responsabilidade de cada escola.

O currículo da educação obrigatória em Inglaterra está dividido em diferentes níveis. O primeiro, dos 5 aos 7 anos, o segundo, dos 7 aos 11, e o terceiro, dos 11 aos 14 anos, inclui Inglês, Matemática, Ciência, Design e Tecnologia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Educação Física, História, Geografia, Arte, Design e Música. No 3.º nível é ainda obrigatória uma Língua Estrangeira e Educação Sexual. A Educação Religiosa é obrigatória desde o primeiro nível.

As turmas de alunos entre os 5 e os 7 anos têm um limite de 30 alunos.

No que respeita aos professores na educação primária - que equivale ao 1.º e 2.º ciclo do sistema de educação português -, existe um único professor para todas as matérias. Os alunos só passam a ter um professor específico para cada disciplina no secundário, que equivale ao 3.º ciclo e ensino secundário do sistema educativo português.

Finlândia
O ensino obrigatório começa quando as crianças têm 7 anos de idade e dura nove anos. A educação é gratuita para todo o ensino básico.

O ano escolar também começa a meio de Agosto mas acaba mais cedo - no início de Junho - e prolonga-se ao longo de 190 dias. As escolas funcionam durante cinco dias por semana e o número mínimo de aulas por semana varia entre 19 e 30 horas, dependendo do nível e do número de disciplinas opcionais existentes. Este sistema tem a particularidade de existir autonomia local para estabelecer dias de férias extra. Nos dois primeiros níveis, um dia de escola não pode ter mais de cinco aulas, no resto dos níveis no máximo podem existir sete aulas por dia. Normalmente uma aula tem a duração de 60 minutos.

Em termos de constituição de turmas, não existe qualquer regra quanto ao número de alunos por turma. Normalmente, agrupam-se os alunos por idade mas, desde que apropriado, alunos com diferentes idades poderão ter aulas juntos.

O currículo é estabelecido pelo quadro nacional de educação e inclui objectivos e critérios de avaliação. De acordo com estas normas, cada escola, juntamente com as autoridades locais, estabelece o seu próprio currículo que atende às especificidades do contexto local. As áreas obrigatórias são Língua Materna e Literatura, segunda Língua Nacional, Línguas Estrangeiras, Ambiente, Educação para a Saúde, Religião ou Ética, História, Estudos Sociais, Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, Educação Física, Música, Educação Visual, Economia do Lar e Aconselhamento.

Nos primeiros seis anos existe um único professor para a maior parte das matérias, mas há aulas que são dadas por professores especialistas, principalmente em áreas como educação visual, música e educação física. A partir do 7.º ano, os alunos passam a ter diferentes professores para a maior parte das matérias.

O sistema de avaliação é contínuo e é feito a partir de testes dados pelos professores. Durante a educação primária o aluno pode também repetir de ano.

China cresceu 10,5% em 2006 e pode melhorar ritmo em 2007

O responsável assegurou que o crescimento interno do país será mais equilibrado durante este ano.

"A China terá em 2007 um ano ainda melhor", afirmou Zhu, ainda assim, "as reservas de divisas externas têm vindo a crescer" sublinhou.

Alguns economistas relacionam o excessivo défice comercial dos Estados Unidos, que alcançou um recorde na sua relação com a China, ao escasso desenvolvimento interno do país.

"É mais fácil para a China flexibilizar a sua divisa do que os Estados Unidos progredirem com o seu desenvolvimento", acrescentou o vice-presidente do Banco da China, Zhu Min.

Rússia cumpre contrato e envia mísseis ao Irã

A Rússia fechou um contrato para vender mísseis de defesa aérea para o Irã e cumpriu o contrato, segundo notícias de agências russas nesta terça-feira que também lembraram a investida em exportação de armas do país.

"A Rússia cumpriu com suas obrigações do contrato e completou a entrega total de mísseis Tor M-1 ao Irã", disse o chefe de exportações Sergei Chemezov nesta terça-feira em Bangalore, onde visita o Ministro da Defesa da Índia, Sergei Ivanov.

Funcionários do Ministério da Defesa disseram que Moscou iria enviar 29 mísseis de alta tecnologia ao Irã por US$ 700 milhões, segundo um contrato firmado em dezembro de 2005

Ivanov disse na semana passada que alguns dos mísseis já haviam sido enviados, embora os Estados Unidos tenha criticado muito. Na época, o ministro havia divulgado sua identidade.

No ano passado, os Estados Unidos pediu a todos os países que interrompessem qualquer exportação de armas ao Irã, para que o país parasse com o programa de enriquecimento de Urânio.

Os russos afirmam que os mísseis são puramente defensivos e disseram ainda que este acordo não viola as requisições da comunidade internacional.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

PAC: medidas de tecnologia podem beneficiar consumidores

Para que mais brasileiros tenham acesso a um computador, o Governo federal decidiu ampliar a isenção do Pis e Cofins para as compras de máquinas de mesa e lap-tops para R$ 4 mil. Para ter isenção das contribuições, os valores atuais das máquinas devem ser de R$ 2.500 (computadores) e R$ 3 mil (lap-tops).

A medida faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), assinado nesta segunda-feira (22), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a mudança, os preços dessas máquinas serão reduzidos, o que possibilitará que mais brasileiros comprem computadores.

Além da diminuição dos valores para os consumidores, o governo ainda pretende ampliar a produção desses equipamentos no País com a medida.

Produtores de semicondutores terão isenção
Para que seja possível a implantação para toda a população da TV Digital no Brasil, o governo ainda concedeu isenção de alguns impostos para empresas que estiverem presentes no ramo de produção de retransmissores de sinais.

Essas empresas receberão isenção de IPI, PIS, Cofins e Cide. A primeira transmissão do sistema está marcada para o dia 03 de dezembro deste ano.

Segundo declaração do assessor especial da Casa Civil, André Barbosa, à Agência Brasil, o Governo vai liberar recursos para continuar as pesquisas de desenvolvimento do sistema digital. "Aqui, o sistema da TV Digital é um exemplo de projeto acadêmico, moderno, e isso deve continuar com as expectativas de procurar mais inovações".

Rússia e Japão abrem primeira rodada de "diálogo estratégico"

Rússia e Japão começaram hoje em Moscou a primeira rodada de conversas com o formato de "diálogo estratégico" para trocar opiniões sobre os principais problemas internacionais.
A delegação russa é chefiada pelo primeiro vice-ministro de Relações Exteriores, Andrei Denisov. A japonesa é liderada pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Shotaro Yachi, informou a agência oficial russa "Itar-Tass".

"Esta é a primeira reunião do diálogo estratégico entre Rússia e Japão, apoiado pelos chefes de Estado dos dois países", disse Denisov antes do início das reuniões.

Ele explicou que as delegações não debaterão a disputa das ilhas Curilas, reivindicadas pelo Japão.

Segundo o vice-ministro russo, o objetivo da rodada é estabelecer os mecanismos de trabalho e analisar problemas regionais importantes, como o programa nuclear da Coréia do Norte.

"A agenda também inclui a situação no Oriente Médio, Afeganistão, a situação no Iraque, o programa nuclear iraniano, a ONU e a segurança energética", acrescentou.

Encomenda industrial na Zona Euro subiu 1,4% em novembro

Bruxelas, 23 Jan (Lusa) - As encomendas à indústria da Zona Euro subiram 1,4% em novembro de 2006 frente ao mês anterior, tendo Portugal registrado um dos maiores avanços (2,5%) entre os 12 membros do grupo analisados, divulgou nesta terça-feira o Departamento de Estatísticas da União Européia (Eurostat).

A Zona Euro reúne os países que utilizam a moeda única européia como oficial, e é composta atualmente por 13 países, com a entrada da Eslovênia no último dia 1º.

No total da União Européia (UE), ainda com 25 Estados-membros, antes da adesão de Romênia e Bulgária no último dia 1º, as encomendas à indústria também registraram alta (1,1%) com relação a outubro, mês em que foi indicada uma queda de 0,5% na Zona Euro e um crescimento de 0,3% no total dos países que compõem o espaço comunitário.

Em comparação homóloga (frente ao mesmo mês do ano anterior), as entradas de encomendas subiram 6,2% na Zona Euro e 7,3% na UE com 25 Estados-membros.

Em outubro de 2006, e entre os países com dados disponíveis no total do bloco continental, as encomendas à indústria subiram frente a outubro em 12 Estados e recuaram em oito, tendo a maior queda sido observada na Irlanda (menos 11,6%).

Mercado de outsourcing da Índia cresce 33% e movimenta US$ 31 bilhões

Bangalore - País encerra ano fiscal que termina em 31 de março com alta nas exportações de software e serviços.

Beneficiado por um boom na terceirização offshore, as exportações da Índia em software e serviços devem crescer 33%, atingindo 31 bilhões de dólares no ano fiscal que termina em 31 de março, segundo a National Association of Software and Service Companies (Nasscom), principal grupo de exportadores do país.

As principais empresas de outsourcing da Índia - Tata Consultancy Services, Infosys Technologies e Wipro - todas reportaram forte receita e aumentod e lucro no trimester encerrado em 31 de dezembro, principalmente por aumento no volume de negócios. O país deve chegar a 60 bilhões de dólares em exportação até 2010, prevê a Nasscom.

Serviços de TI, incluindo desenvolvimento de software, devem contribuir com 18 bilhões de dólares na receita do ano fiscal atual, enquanto a terceirização de processos de negócios (BPO, do inglês business process outsourcing) e call centers devem agregar outros 8,3 bilhões de dólares, segundo a Nasscom. Serviços de engenharia, desenvolvimento e pesquisa devem acrescentar outros 5 bilhões de dólares ao bolo.

Os dados incluem tanto exportações de empresas indianas de outsourcing quanto operações de multinacionais na Índia, entre elas IBM, Dell e Oracle.

O mercado total de software e serviços na Índia, incluindo também o mercado doméstico, deve crescer 31%, chegando a 39,7 bilhões de dólares. O número de empregados no setor deve atingir 1,6 milhão em 31 de março, crescendo sobre o total de 1,28 milhão registrado no ano anterior, segundo a Nasscom.

Um relatório da McKinsey e da Nasscom prevê crescimento annual de 25% ao ano para o Mercado de terceirização no país, mas a India terá que investir em treinamento e educação para suprir um déficit de 500 mil profissionais previsto para 2010, segundo a Nasscom.

Segundo a associação, cursos de três a quatro meses, com treinamento técnico e em outras habilidades - como comunicação - podem reduzir em 30% a 40% o déficit de profissionais previsto.
*John Ribeiro é editor do IDG News Service, em Bangalore.

Carrefour abrirá 20 hipermercados na China em 2007

Pequim, 23 jan (EFE).- A companhia francesa de hipermercados Carrefour abrirá 20 novas lojas este ano na China, com um investimento total de € 150 milhões, informou hoje a imprensa local.
A empresa vai continuar concentrando sua atenção em metrópoles como Pequim e Xangai na sua expansão, segundo o seu novo presidente na China, Eric Legros. Mas os planos incluem a abertura de novas lojas em cidades de pequeno e médio porte, no nordeste e noroeste do país.

Desde que se estabeleceu na China, em 1995, o Carrefour abriu cerca de 200 estabelecimentos. Seu maior concorrente global, o Wal-Mart, que já conta com mais de 70 lojas na China, planeja abrir outras 50 em 2007, e duplicar sua presença no país com a compra da rede de supermercados de porte médio Trust-Mart.

As vendas do Carrefour na China cresceram em 2006 21%, chegando a € 2,482 bilhões (US$ 3,212 bilhões).

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

China promete maior abertura governamental

A China aprovou novas regras nesta quarta-feira, prometendo expansão do acesso de cidadãos a informações oficiais, enquanto o governo de um único partido busca mostrar-se como promotor de abertura.

Um encontro de gabinete presidido pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, aprovou as regras provisórias sobre ''abertura de informação governamental'', informou o site do governo (www.gov.cn).

``Todas as regiões e departamentos devem considerar seriamente a tarefa de liberar informação do governo, tendo como foco as questões que comumente dizem respeito ao público e envolve seus interesses pessoais'', informou.

Mas enfatizando os entrincheirados obstáculos à transparência no fechado Estado comunista chinês, o conciso comunicado não especificou as regras, deixando em aberto questões como que tipo de informação é resguardada e se pessoas ou companhias podem requerer funcionários sua liberação.

A China está se contendo para os Jogos Olímpicos de 2008, quando a atenção do mundo estará voltada para o panorama social e político inconstante do país. O comunicado parece ser um último passo do governo para conter críticas de que é muito segregante.

Novas regras permitindo a repórteres estrangeiros trabalharem com mais liberdade dentro da maior parte do território chinês nos preparativos para a Olimpíada de 2008 entraram em vigor no começo de 2007, mas as regras irão expirar com o final dos Jogos.

Antes dessas regras serem elaboradas, jornalistas estrangeiros precisavam de autorização governamental para trabalharem fora de suas bases locais -geralmente Pequim ou Xangai. Sob as novas normas, eles precisam apenas do consentimento da pessoa a ser entrevistada.

A definição da China de segredos de Estado é notoriamente ampla e funcionários públicos, acostumados há muito a falar pouco, mesmo em coletivas, podem mostrar-se relutantes em liberar informações sensíveis ou lucrativas.

Jornalistas chineses foram processados por revelar segredos de Estado depois de divulgarem delitos oficiais ou especulações sobre mudanças de liderança; o governo censura duramente a Internet, bloqueando o acesso a muitos sites estrangeiros; e muitas bancas de jornais recebem instruções sobre quais histórias não devem chegar ao público.

As regras sobre informação serão revisadas antes da publicação pela reunião de ministérios, disse o comunicado. Não foi estabelecida nenhuma data.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

CHINA - China vai liderar exportações ainda em 2007, diz ministro

Pequim, 18 Jan (Lusa) - A China será no final de 2007 o maior país exportador do mundo, ultrapassando os Estados Unidos e a Alemanha, afirmou o ministro chinês do Comércio em declarações exibidas nesta quinta-feira pela CCTV, emissora de TV estatal do país asiático.

"O volume comercial e as importações chinesas deverão também ultrapassar os indicadores da Alemanha, atualmente a segunda maior importadora do mundo", acrescentou Bo Xilai.

O ministro afirmou ainda que as regiões costeiras do sudeste da China propiciam exportações que respondem por 95% do saldo comercial chinês, que bateu um novo recorde em 2006 e atingiu 177 bilhões (R$ 380 bilhões).

Bo reiterou, em suas declarações à CCTV, que considera que a redução do superávit comercial chinês deve ser "prioridade", e que um saldo muito elevado é negativo para a economia interna do país asiático e para suas relações com o mercado externo.

"As exportações chinesas são muito maiores que as importações, e os atritos comerciais com seus parceiros estão aumentando. Para assegurar o equilíbrio do comércio internacional, devemos manter nosso saldo em um nível saudável, e por isso a redução é necessária", avaliou Bo.

O ministro do Comércio afirmou ainda que a redução do superávit vai promover o consumo doméstico e libertará a economia chinesa da dependência de determinadas exportações.

Bo Xilai afirmou recentemente que as medidas para a redução do volume das exportações chinesas seriam aplicadas a bens de baixo valor agregado e a mercadorias que demandam um alto consumo de energia para sua produção.

Incentivos fiscais

Para aumentar as importações, Bo afirmou, sem entrar em maiores detalhes, que a China vai "aliviar restrições" e aplicar incentivos fiscais e financeiros à importação de "bens que têm grande demanda na China".

O superávit comercial chinês tem sido uma das maiores causas de tensão entre a China e seus grandes parceiros comerciais, em especial os Estados Unidos.

Uma das maiores queixas, e dos EUA, em particular, é a de que os exportadores do país asiático tiram proveito de uma valorização artificialmente baixa da moeda chinesa.

CHINA - CHINA PROÍBE EXIBIÇÃO DE "OS INFILTRADOS"

A censura cinematográfica chinesa não vai aprovar a exibição nos cinemas de "Os infiltrados" porque o filme aborda um plano chinês para comprar equipamentos militares, disseram fontes governamentais nesta quarta-feira (10).

Martin Scorsese recebeu o Globo de Ouro de melhor diretor na segunda-feira (15) pelo thriller, que pode lhe valer seu primeiro Oscar de melhor direção ou melhor filme.

"Não há chance alguma de 'Os infiltrados' ser exibido nos cinemas da China, porque o lado americano se negou a modificar uma parte da trama que descreve como Pequim queria comprar hardware de computador avançado para fins militares", declarou uma fonte.

"Essa parte da trama é definitivamente desnecessária", acrescentou a fonte, que pediu para não ser identificada porque não está autorizada a falar com a imprensa estrangeira.

"Os reguladores não entendem por que o filme quis envolver a China. Poderia ter falado do Irã, do Iraque ou qualquer outro país, mas não havia razão para incluir a China", disse a fonte, que é próxima ao organismo chinês que regulamenta filmes.

Outra fonte governamental, que também pediu anonimato, confirmou a decisão.

Um executivo em Hong Kong da Media Asia, que detém os direitos de distribuição de "Os infiltrados" na China continental, confirmou que o filme não passou pela censura chinesa, mas se negou a dar mais detalhes.

É pouco provável que a decisão impeça os chineses de assistirem ao filme, já que versões piratas já podem ser compradas em DVD nas ruas.

CHINA - AIE quer que a China avise quando for utilizar reservas

Pequim, 18 de Janeiro de 2007 - Agência que defende os interesses dos países ricos diz que objetivo é "acalmar os mercados". A Agência Internacional de Energia (AIE) acredita estar perto de um pacto com a China para que esta avise antecipadamente quando retirar petróleo de suas reservas estratégicas, informou ontem o diretor executivo da agência, Claude Mandil. A medida significa um importante passo para a transparência, e para acalmar os mercados internacionais de petróleo, que temem que a China possa apanhá-los de surpresa utilizando o petróleo de seus estoques a fim de manipular os preços.
Mandil se reunirá amanhã com o ministro da Energia da China, Chen Deming, para lançar as bases de um acordo. "Acho bastante possível alcançarmos uma estreita coordenação", disse Mandil à Dow Jones Newswires em Pequim, em sua primeira visita à China nos dois últimos anos. "Pelo menos podemos concordar que, em primeiro lugar, compartilhamos da filosofia sobre o uso dos estoques estratégicos e, em segundo lugar, que estamos totalmente preparados para conversar antes de usar os estoques".
A China está construindo tanques de armazenamento com capacidade de 100 milhões de barris de petróleo em quatro localidades que deverão estar concluídos em 2008. A concretagem do primeiro reservatório, em Zhenhai, na província oriental de Zhejiang, começou em agosto. Os tanques em construção em Zhoushan, Zhejiang e na ilha de Huangdao, na província oriental de Shandong, começarão a operar este ano.
Embora a China não seja membro da AIE, organismo encarregado de garantir a segurança da energia para as nações mais ricas do globo, Mandil disse que as duas partes mantêm uma estreita colaboração. "Qualquer acordo sobre as reservas não seria unânime e a AIE não iria esperar a China dar seu consentimento antes de liberar seus estoques no caso de uma emegência", disse.
A AIE também não prevê que a China seja obrigada por uma decisão da AIE a liberar seus estoques no caso de uma repentina e grave interrupção dos fornecimentos mundiais. Mandil advertiu Zhang Guobao, o vice de Chen na Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a agência de planejamento econômico da China, durante uma reunião bilateral no mês passado, de que o sigilo da China a respeito de compras de petróleo para suas reservas é contraproducente para ela.
"Eu disse: Vocês estão equivocados quanto ao sentido do termo estratégico. É estratégico, mas isto não significa que deva ser sigiloso", afirmou Mandil. "Este é um tiro que sai pela culatra, porque aumenta a incerteza no mercado, aumenta a volatilidade e o mercado acredita que os estoques são enormes. Por isso, os preços estão subindo, o que torna mais dispendiosa a formação de estoques".
Os analistas prevêem que a China agirá imediatamente para encher seus tanques, depois da queda significativa dos preços do petróleo desde o início do ano, devido ao clima ameno nos Estados Unidos e aos escassos riscos geopolíticos. Os contratos futuros de petróleo registram seguidas baixas desde o início do ano, e se aproxima dos US$ 50 por barril em Nova York.
Gordon Kwan, da CLSA, de Hong Kong, comentou: "Prevemos que a China fará compras agressivas, caso os preços se aproximem de US$ 50". Segundo ele, o petróleo que entrar nas reservas estratégicas da China em 2007 poderá representar crescimento anual de 2% das importações do produto.