quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

CHINA - China vai liderar exportações ainda em 2007, diz ministro

Pequim, 18 Jan (Lusa) - A China será no final de 2007 o maior país exportador do mundo, ultrapassando os Estados Unidos e a Alemanha, afirmou o ministro chinês do Comércio em declarações exibidas nesta quinta-feira pela CCTV, emissora de TV estatal do país asiático.

"O volume comercial e as importações chinesas deverão também ultrapassar os indicadores da Alemanha, atualmente a segunda maior importadora do mundo", acrescentou Bo Xilai.

O ministro afirmou ainda que as regiões costeiras do sudeste da China propiciam exportações que respondem por 95% do saldo comercial chinês, que bateu um novo recorde em 2006 e atingiu 177 bilhões (R$ 380 bilhões).

Bo reiterou, em suas declarações à CCTV, que considera que a redução do superávit comercial chinês deve ser "prioridade", e que um saldo muito elevado é negativo para a economia interna do país asiático e para suas relações com o mercado externo.

"As exportações chinesas são muito maiores que as importações, e os atritos comerciais com seus parceiros estão aumentando. Para assegurar o equilíbrio do comércio internacional, devemos manter nosso saldo em um nível saudável, e por isso a redução é necessária", avaliou Bo.

O ministro do Comércio afirmou ainda que a redução do superávit vai promover o consumo doméstico e libertará a economia chinesa da dependência de determinadas exportações.

Bo Xilai afirmou recentemente que as medidas para a redução do volume das exportações chinesas seriam aplicadas a bens de baixo valor agregado e a mercadorias que demandam um alto consumo de energia para sua produção.

Incentivos fiscais

Para aumentar as importações, Bo afirmou, sem entrar em maiores detalhes, que a China vai "aliviar restrições" e aplicar incentivos fiscais e financeiros à importação de "bens que têm grande demanda na China".

O superávit comercial chinês tem sido uma das maiores causas de tensão entre a China e seus grandes parceiros comerciais, em especial os Estados Unidos.

Uma das maiores queixas, e dos EUA, em particular, é a de que os exportadores do país asiático tiram proveito de uma valorização artificialmente baixa da moeda chinesa.

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