terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Mercado de outsourcing da Índia cresce 33% e movimenta US$ 31 bilhões

Bangalore - País encerra ano fiscal que termina em 31 de março com alta nas exportações de software e serviços.

Beneficiado por um boom na terceirização offshore, as exportações da Índia em software e serviços devem crescer 33%, atingindo 31 bilhões de dólares no ano fiscal que termina em 31 de março, segundo a National Association of Software and Service Companies (Nasscom), principal grupo de exportadores do país.

As principais empresas de outsourcing da Índia - Tata Consultancy Services, Infosys Technologies e Wipro - todas reportaram forte receita e aumentod e lucro no trimester encerrado em 31 de dezembro, principalmente por aumento no volume de negócios. O país deve chegar a 60 bilhões de dólares em exportação até 2010, prevê a Nasscom.

Serviços de TI, incluindo desenvolvimento de software, devem contribuir com 18 bilhões de dólares na receita do ano fiscal atual, enquanto a terceirização de processos de negócios (BPO, do inglês business process outsourcing) e call centers devem agregar outros 8,3 bilhões de dólares, segundo a Nasscom. Serviços de engenharia, desenvolvimento e pesquisa devem acrescentar outros 5 bilhões de dólares ao bolo.

Os dados incluem tanto exportações de empresas indianas de outsourcing quanto operações de multinacionais na Índia, entre elas IBM, Dell e Oracle.

O mercado total de software e serviços na Índia, incluindo também o mercado doméstico, deve crescer 31%, chegando a 39,7 bilhões de dólares. O número de empregados no setor deve atingir 1,6 milhão em 31 de março, crescendo sobre o total de 1,28 milhão registrado no ano anterior, segundo a Nasscom.

Um relatório da McKinsey e da Nasscom prevê crescimento annual de 25% ao ano para o Mercado de terceirização no país, mas a India terá que investir em treinamento e educação para suprir um déficit de 500 mil profissionais previsto para 2010, segundo a Nasscom.

Segundo a associação, cursos de três a quatro meses, com treinamento técnico e em outras habilidades - como comunicação - podem reduzir em 30% a 40% o déficit de profissionais previsto.
*John Ribeiro é editor do IDG News Service, em Bangalore.

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